Hoje o Bigmãe traz para vocês um artigo exclusivo sobre «Cuidados com a Audição das Crianças» da fonoaudióloga Erika Longone da «Clínica Alcance» especializada em avaliações fonoaudiológicas e avaliações psicopedagógicas.
O objetivo é alertar as mães sobre a importância nos cuidados com a audição das crianças, sendo a prevenção de suma importância, dado que as lesões que podem ocorrer no órgão interno da audição são irreversíveis. Esteja atenta e leia abaixo as orientações da especialista no tema.
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Fonoaudióloga Erika Longone
Cuidados com a Audição das Crianças
Quais são as suas prioridades no momento de comprar brinquedos para suas crianças e adolescentes? Um brinquedo adequado para faixa etária e que seja de um tema ligado ao interesse da criança, material de fabricação, condições de segurança e preço talvez sejam os primeiros itens de sua lista. Quando pensamos em condições de segurança a presença do selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial) é primordial, esse é o símbolo que indica que o brinquedo passou por uma infinidade de testes que garantem a segurança dos pequenos e uma dessas garantias é que o som emitido pelo brinquedo esteja dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira.
Qual a tolerância da orelha humana?
Em relação ao som, a tolerância da orelha humana ocorre em função da intensidade (volume) do som e do tempo de exposição ao ruído. Pela norma brasileira o limite de emitido por qualquer brinquedo não pode ultrapassar 85dB. Segundo a Organização Mundial de Saúde, sons acima de 70 dB (decibel) já são desagradáveis para o ouvido humano, isso equivale ao som de um aspirador de pó. Sons de 85dB (que equivale ao som produzido por uma avenida em tráfego intenso) já podem causar lesão no órgão da audição quando a exposição for superior a 8 horas, por isso todo cuidado é pouco.
Os brinquedos e o volume do som que eles emitem:
Agora vamos falar de brinquedos, aqueles vendidos sem o selo do Inmetro não possuem o controle adequado do volume de som que produzem quando estão “em ação”. Alguns desses brinquedos podem atingir 120dB, som equivalente a uma britadeira. Esse som causa dano à audição em um curto período de tempo. Estudos mostram que brinquedos como instrumentos musicais podem atingir a intensidade sonora de 120dB, telefones infantis 135dB (equivale a um avião decolando). A música produzida pelos trios elétricos produzem sons tem em média 120dB e as danceterias a intensidade pode chegar a 130dB. Rojões podem proporcionar sons de 180dB o que causa danos imediatos à audição.
Sobre a utilização dos fones de ouvido:
O uso de fones de ouvido está cada vez mais frequente entre crianças e jovens e esse é outro fator agravante para a saúde auditiva. O som resultante desses fones pode chegar a 120dB o que é altamente nocivo para saúde auditiva. Os fones de inserção são mais prejudiciais que os de concha. Os de inserção, por estarem dentro do canal do ouvido, podem amplificar o som em até 3 vezes.
Precisamos proteger nossas crianças e adolescentes, aqui vão algumas medidas que, apesar de simples, irão evitar problemas futuros.
– sempre compre brinquedos certificados pelo Inmetro, isso garante que eles não produzirão ruídos nocivos à saúde auditiva.
– em festas ou locais com ruído intenso (estádios de futebol, queima de fogos, autódromos etc) permaneça longe das caixas de som e, sempre que possível, use protetores auditivos.
– os fones de ouvido não devem ser usados em volume alto. Chegue perto de quem usa o fone, se você ouvir o som é porque ele está com volume alto. Dê preferência aos fones de concha e limite o tempo de uso desse equipamento.
– em festas residenciais deixe o volume do som em uma intensidade em que os convidados possam conversar sem que seja preciso gritar.
Portanto, a palavra de ordem é prevenção. Lembre-se, a lesão do órgão interno da audição é irreversível.
Texto Autoria © : Erika Longone Fonoaudióloga