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Contato mamífero com o bebê

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Se você está esperando seu bebê chegar, saiba que os primeiros minutos de vida são muito importantes para o seu filho.

Você já planejou como será o seu parto? Saiba que o primeiro contacto físico do bebê deve ser com a mamãe.

Leia este excelente artigo escrito exclusivamente para o Bigmãe, da terapeuta holística Yolanda Castillo, do Centro de Medicina Holística e conheça os motivos pelo qual o momento do nascimento deve ser tranquilo e afetuoso.

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Contato mamífero com o bebê

Observando o reino animal, podemos comprovar como os sábios habitantes da vida selvagem mantêm o contato físico inumeráveis vezes, durante o dia. Utilizam-no como método de comunicação, interação e sobrevivência. Se refletirmos ainda mais na sua sabedoria, ressalta à vista que o primeiro que faz uma fêmea mamífera com a sua cria é lambê-la para a limpar de todos os resíduos do parto e ao mesmo tempo estimular o seu sistema nervoso central e os seus sentidos para facilitar a sua adaptação ao meio envolvente. É graças a este contato físico que recebem, em forma de carícia com cada lambidela, que as fêmeas estreitam o vínculo com as suas crias, melhoram a coordenação das suas funções orgânicas e fazem com que as crias sejam menos vulneráveis às condições ambientais.

Como vivem os humanos este contato físico inicial depois do parto?

Nos primeiros nove meses de sua vida, o bebé desenvolveu-se e aprendeu a viver no ventre materno, que para ele é sinónimo de conforto, aconchego e na maioria dos casos um contato direto e humano com a sua mãe, que acaricia a sua barriga para se comunicar com o bebé, fala-lhe e durante todo este período muitas das suas ações são em função do seu bebé. Escuta o batimento do coração de sua mãe como uma melodia rítmica e envolve-se com todo o positivo e negativo que a acompanha. Na maioria dos casos, se a mulher está em equilíbrio, isto resume-se em conforto, luz e amor, que alimenta o bebé.

Escassos minutos depois de nascer, inicia-se o primeiro contato físico do bebé, que é vital para a sua impressão e compreensão inicial da vida extrauterina. O lógico e natural, seria que, do mesmo modo que na vida selvagem, este contato fosse uma carícia de amor que fornecesse o mesmo bem-estar e segurança que existia dentro do útero. Em contrapartida, em 90% dos casos, o primeiro contato não é com a sua mãe, mas com a equipa médico e terapêutica que acompanha a mãe, que nada faz para que esse contato não seja desagradável. Se pararmos para pensar, o primeiro toque será o de uma toalha com a qual o limparam, e por muito cuidado que o especialista tenha, é agressivo para ele e também confuso.

Porque é que esta situação não é agradável para o recém-nascido?

O bebé foi submetido a um processo natural de mudança, o nascimento, no qual todo o seu corpo sofre modificações e tensão para poder deslizar através do canal e nascer. Por isso, o seu corpo está ressentido, e a pele, que é o órgão mais extenso do corpo e que está em contato direto com as paredes do canal, sofrendo o roçar constante, nasce com uma sensibilidade muito elevada. O bebé capta tudo através da pele, por isso, o contato com a toalha ou algo desse género, para o bebé é agressivo, brusco e provoca-lhe dor e sofrimento. Este momento para o bebé é vazio e frio, pois o que se espera encontrar é um ambiente igualmente quente e o contato físico com a sua mãe, que lhe permita ouvir novamente o batimento do coração da sua mãe, sentir o seu aconchego e captar através do seu campo energético, seus sentidos e chacras, toda a informação que lhe permita fortalecer o vínculo com a sua mãe, compreender e adaptar-se ao ambiente. O primeiro momento de amamentação reconforta o bebé e aumenta o contato físico mãe e filho, sendo um abanico de sensações, sentimentos e energias que tranquilizam o bebé e o fazem sentir-se em casa.

Como deveria ser o primeiro contato físico do bebé?

Os mamíferos que habitam no âmbito natural, são aqueles que conseguem realizar o processo de forma mais instintiva e é com eles que temos que aprender, pois o bebé quando nasce, espera ter um recebimento maternal e não médico, que ao fim e ao cabo para ele são uns estranhos que não lhe fornecem nem despertam o amor e instinto de proteção que sua mãe. Quando inicia a sua vida exterior, só deseja ter contato com a sua mãe. Nesse momento o importante não é limpar ou pesar o bebé, uma vez que o seu peso não vai variar numas horas, mas sim que ele esteja em contato físico com a sua mãe, para sentir-se seguro e que a adoção seja fácil para o bebé. Em muitos casos o choro inicial é sintoma de dor que sofreu para nascer ou do medo, porque não compreende essa separação de sua mãe, mesmo que dure uns minutos. É nestas situações onde 95% dos bebés geram os seus primeiros traumas e sentimentos negativos posteriormente ao nascimento.

O primeiro contato físico para o bebé é sobretudo um contato emocional que fortalece a segurança e autoestima do bebé, desde o seu primeiro momento de vida extrauterina.

Para além dos mencionados anteriormente, que outros benefícios tem o contato físico para o bebé?

O contato físico entre pais e filhos é recebido pelo bebé como uma suave carícia, é um alimento tão essencial para o bebé como o leite que recebe da sua mãe, porque mediante o contato, incluindo o que se inicia na amamentação, o bebé alimenta-se psico-emocional e energeticamente de tudo aquilo que recebe dos progenitores.

O que acontece no caso contrário?

Se os pais, sobretudo a mãe, tem medo ao contato físico com o seu bebé, não o quer amamentar ou em qualquer outra situação onde se produza essa rejeição ou desagrado no contato físico ou afetivo com o seu bebé (sobretudo nas primeiras horas de vida fora do útero), a mãe o está a alimentar com sentimentos e emoções negativas de rejeição, abandono, vazio; assim como aqueles que a mulher gera seguindo esta linha, que terão uma repercussão negativa no equilíbrio emocional do bebé. Na maioria dos casos proporcionará que nos encontremos com bebés chorões, com aspeto triste ou apático, inseguros e que reclamam excessivamente a atenção e amor de seus pais por todos os meios possíveis; pois tentam completar o vazio que sentem.

Que manifestações físicas se observam no bebé que teve um contato físico e psico-emocional adequado? E no caso contrário?

O contato de mamífero a mamífero (mãe-filho) ajuda o bebé a crescer são e em harmonia. As suas defesas aumentarão, reforçando todos os órgãos que compõem o seu sistema imunológico, e o seu organismo estará melhor preparado para superar as “sintomatologias psico-emocionais”, que provocam a manifestação de “doenças físicas”. As doenças anteriores que se encontram entre aspas, são uma chamada de atenção para recordar a todos os leitores, que os processos infeciosos, baterianos, etc. e outros que a medicina alopática cataloga como doenças, não são mais do que uma manifestação mais ou menos intensa de um padrão psico-emocional negativo, que se produziu com uma determinada situação, que psico somaticamente afetou o órgão ou sistema de órgãos correspondentes energeticamente. É um estado de alerta que o corpo gera, para alertar-nos de que geramos emoções pouco adequadas num momento determinado.

Os bebés não são diferentes, são sim mais sensíveis e com perceções mais rápidas e intensas que nós. Por isso, um contato ideal e equilibrado gera sentimentos e emoções positivas que reforçam o seu organismo. O bebé é uma extensão energética de seus pais, que para além do mais, mediante os vínculos que tem com eles, capta e absorve como uma pequena esponja, tudo o que sentem de positivo ou negativo, que ajudará no seu crescimento, para que seja são e forte, ou pelo contrário, que se sinta mais inseguro, instável, com as defesas baixas e isto desencadeará numa propensão mais elevada a “adoecer”.

É importante que os pais tentem estar o mais equilibrados e estáveis psico-emocionalmente possível, porque isto é parte da sua alimentação através do contato físico e energético existente entre eles.

Os bebés sentem-se especiais e amados com o contato físico de seus progenitores, ensinam-lhes a comunicar e a relacionarem-se com o mundo exterior e fomenta os vínculos com os seus pais.

Porque favorece o vínculo com os seus pais? Como deve ser esse contato?

Estes vínculos que existem entre o bebé e seus pais nascem no momento em que o óvulo é fecundado e desenvolve-se durante toda a gravidez, de forma mais ou menos intensa, segundo a situação emocional de seus pais, individualmente e em conjunto. Não apenas entre eles como casal, mas também face ao bebé. No entanto, esses vínculos são mais fomentados depois do seu nascimento, já que mãe e pai tentam realizar todas as amostras de afeto possíveis ao seu bebé. Isto reforça muito mais a conexão física, emocional e energética entre eles. Cada gesto, olhar, sorriso, carícia ou palavra de amor são uma manifestação da importância do contato e ao mesmo tempo um benefício para a saúde física e emocional do bebé.

É preciso ter em conta que este contato deve ser equilibrado, ou seja, a mãe não deve ficar obcecada pelo bebé, uma vez que assim o contato físico deixaria de beneficiar e prejudicaria o bebé, convertendo-se numa relação de apego e dependência entre mãe e filho. Se pelo contrário, o bebé tem esse contato e atenção por parte de ambos os progenitores, será um impulso para um desenvolvimento físico, psico-emocional, energético e espiritual, equilibrado, porque os pais terão iniciado o desenvolvimento educativo da criança. Graças a um contato físico e emocional emanado de pais a filhos, o bebé aprende a como relacionar-se e comunicar-se com o mundo.

Outra questão muito importante relacionada com este tema é: porque é que os bebés se comunicam primeiro através do tato do que de outro sentido?

Apesar de desenvolver todos e cada um dos sentidos durante a gravidez da mulher, o tato é sem dúvida o sentido que tem maior sensibilidade no bebé.

Porque independentemente de toda a informação que capta do exterior, através do seu subconsciente, consciente, inconsciente, alma, de sua visão e audição física e extrafísica, é com o tato que obtém sensações e perceções cada segundo de vida depois da ovulação, de tudo o que sucede cada minuto de sua vida intrauterina. Sente o calor ou o frio do ambiente, não só o que se gera fisicamente pelo processo da gravidez, como também o que a sua mãe lhe transmite. Sente seus movimentos rítmicos, a proximidade ou distância entre o seu corpo e as paredes da bolsa, sente cada emoção, sentimento ou energia de seus pais em sua própria pele.

O bebé aprende a captar e sentir, desde que é engendrado com a sua pele, perfeiçoando esta perceção em cada dia de desenvolvimento. Sente tudo com intensidade na sua pele; por isso, quando o bebé nasce necessita do suave contato físico e amoroso que lhe fornece segurança. A sua pele é muito sensitiva e cada carícia é uma recordação do vivido e uma aprendizagem de como deve viver a partir de agora.

O contato físico com amor promove a saúde do bebé, estimula os sentidos, habilidades e capacidades psico-motoras, psico-emocionais e energéticas do bebé, para se relacionar com cada elemento da sua nova vida.

Podem ver outros artigos em: – Medicina Holística

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