O implante hormonal é um método contraceptivo de longa duração. Trata-se de um “palito de silicone”, mais ou menos do tamanho de um fósforo, com aproximadamente 4 centímetros de comprimento e 2 milímetros de diâmetro. O bastonete é colocado sob a pele – subcutâneo – no braço ou logo acima dos glúteos. A partir do momento em que é implantado, o hormônio é liberado de forma constante, inibindo a ovulação. A duração deste método pode variar de 6 meses a 3 anos, dependo do escolhido ou orientado pelo médico.
Originalmente esse método foi criado com a finalidade de contracepção e regulação hormonal, controlando os efeitos da menstruação, tais como TPM, cólicas e até mesmo enxaqueca. Hoje, também conhecido como Chip da Beleza, o implante hormonal passou a ser utilizado por algumas mulheres para fins estéticos. Algumas mulheres afirmam que o implante tem a capacidade de combater a celulite, promove o aumento da massa muscular e a redução da gordura. Ou seja, auxilia no processo de emagrecimento.
Como funciona o implante hormonal
O implante hormonal é realizado por um médico especialista, que fará um pequena incisão no local indicado – com anestesia local – com um aplicador descartável. O procedimento não dura mais do que 10 minutos e, deve ser aplicado nos 5 primeiros dias do ciclo menstrual. Após o período de 3 anos (máximo), o implante deve ser retirado e, caso pretendido, pode ser colocado um novo, logo em seguida.
Apesar do implante tem eficácia de 99%, não previne a contração de doenças sexualmente transmissíveis. Em qualquer altura pode ser retirado e, de acordo com os especialistas, não compromete a fertilidade da mulher.
Quem pode utilizar
Toda mulher pode fazer uso deste método. Recomenda-se no entanto, que haja uma consulta com o ginecologista, para avaliar os prós e contras. Apesar de não haver restrições, não é recomendado àquelas que possuem trombose, câncer, icterícia ou sangramento vaginal. Assim como qualquer tipo de sensibilidade ao hormônio do implante. Inclusive, esse método pode ser utilizado por mulheres cerca de 21 dias depois do parto e que estejam amamentando.
Tipos de Implantes Hormonais
Apesar do mais conhecido ser em formato de bastonete, ainda existe um segundo tipo de implante, do tamanho de um alpiste, conhecido como Cristais de Hormônio. Diferente do primeiro, este se dissolve (aos poucos), até que desaparece por completo. A sua duração é inferior, de apenas 6 meses, e não precisa ser implantado com anestesia, pois fica alojado na camada de gordura do corpo.
São vários os tipos de hormônios que podem ser administrados no implante. Dentre aqueles aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão a gestriona, progesterona, estradiol, testosterona e nomegestrol.
Principais Vantagens
Além de ser um dos métodos mais seguros de contracepção, não requer monitoramento do ciclo menstrual, assim como controle de horário para administração. Quando comparado a outros métodos contraceptivos hormonais, como por exemplo a pílula anticoncepcional, esse não sobrecarrega o fígado, uma vez que o hormônio vai diretamente pela corrente sanguínea.
Desvantagens e efeitos colaterais do implante hormonal
Apesar de ser considerado o chip da beleza, para quem não pratica atividades físicas regularmente, o ganho de peso é uma possibilidade. Assim como a queda de cabelo, surgimento de acne, dor de cabeça, sensibilidade nos seios, tontura amenorreia e dor no local implantado.
Veja também: Como escolher o melhor método contraceptivo?
Quanto custa
O implante hormonal não é um método contraceptivo barato e o seu custo pode variar de R$ 3.000,00 a R$ 8.000,00 dependendo da marca, tipo do hormônio e aplicação.
Sobre o Chip da Beleza
Atenção! Apesar de muitas mulheres relatarem que o implante hormonal elimina cólica, TPM, celulite, melhora a pele e o cabelo, aumenta a disposição e estimula a perda de gordura e o ganho de musculatura, é preciso consultar um médico.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) não recomenda o uso deste método com objetivos estéticos ou de antienvelhecimento. O seu uso deve ser apenas para tratamento hormonal. A Anvisa também reforça que deve ser considerado a finalidade descrita na bula do medicamento, que tem por finalidade a contracepção.