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O choque de uma gravidez não desejada

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O Bigmãe traz para vocês mais um excelente artigo exclusivo,  escrito pela terapeuta holística Yolanda Castillo do Centro de Medicina Holística.

O tema  é algo muito comum nos dias de hoje, uma gravidez indesejada. Tenho certeza que esclarecerá muitos pontos importantes para quem vivenciou ou vivencia esta situação atualmente. Vamos a leitura?

O choque de uma gravidez não desejada

Cada ser humano durante a sua infância gera expectativas, objetivos e sonhos pelos quais vai lutar até alcançar.

Uns sonham ser grandes profissionais e líderes no seu âmbito de conhecimento, outros sonham viajar e disfrutar da vida enquanto solteiros.

Há quem sonhe compartilhar a vida a dois mas sem a grande responsabilidade de ter filhos. Simplesmente ter um negocio próprio e uma vivenda a cargo.

Por outro lado existe uma grande percentagem de homens e mulheres que ter filhos é um grande sonho. É sinónimo de construir a sua própria família, estabilizar-se e concretizar a sua união e amor.

Este desejo aumenta e manifesta-se quando encontramos a pessoa que nos completa e nos faz sentir felicidade plena. O fruto desse amor é a concretização de um sonho, ter um filho.

Um filho é esperado como sinónimo de um presente que vem do céu e por isso é planeado antecipadamente cada pormenor, tentando que nada fique esquecido.

Ambos conversam do esperado acontecimento, estão de acordo e por isso decidem prosseguir com o processo de trazer uma nova vida ao mundo, o fruto de um sólido amor e um grande sonho.uma-gravidez-nao-desejada-nova-vida

Mas….que acontece quando ocorre uma gravidez não desejada?

Que entendemos por gravidez não desejada?

Podemos focar-nos no conceito de gravidez não desejada desde diferentes pontos de vista.

A paixão, o desejo, a atração física e sexual entre duas pessoas de diferente sexo faz com que por vezes se perca o controlo sobre o prazer o desejo carnal.

Muitas vezes o resultado de um encontro de minutos tem como resultado uma gravidez.

Filhos de pais que não se conhecem e tão pouco sentem algo um pelo outro.

Estes momentos de paixão mas com amor também sucedem em casais estáveis sem intenção de serem pais.

Assim, pela ausência desse instinto ou por acreditar que não é ainda o momento acrescido da falta de precauções surge por vezes a surpresa: uma gravidez inesperada que de todo não entra nos planos nesse momento da vida.

Gravidezes curiosas ou inesperadas também sucedem em casais com solidez emocional e estabilidade familiar inclusive àqueles que já têm filhos.

Pensam já não estarem preparados para terem mais filhos, que a sua função de pais já prescreveu a validade, mas o amor, o destino e o Universo trouxe-lhes um filho, uma surpresa, uma gravidez inesperada.

Estas são algumas das situações possíveis que podem originar uma gravidez não desejada. Ainda que se acredite não haver muitos casos, existem estudos estatísticos que comprovam que entre 30 a 50 % das gravidezes não são planeadas.

É uma percentagem elevada e que na maioria dos casos se desconhece. O medo e o preconceito social são as principais causas descritas.

Socialmente crê-se que os casais devem a partir de uma certa idade ter filhos. Ao mesmo tempo a chegada de um outro filho pode causar ao casal stress, insegurança e medo.

Em realidade, todos somos humanos e como tal é normal o nosso organismo reagir dessa forma a situações novas.

A questão é: como se sente a futura mãe e/ou o casal quando surge uma gravidez não desejada?

Quando uma mulher/casal recebem a notícia de uma gravidez não planeada sofrem um choque.

Culpam-se porque aquilo que para uns é um sonho, para eles é uma notícia que lhes causa sofrimento e em muitos casos a necessidade de acabar com o processo.

Essa contradição que sentem, entre o que seria correto e o que o seu coração dita origina a culpa.

É algo inesperado e para o qual nada estava planeado o que faz prevalecer a insegurança.

É perante esta insegurança que surgem muitas vezes as dúvidas e inclusive se chega à conclusão de proceder ao abortamento.

Recordai que desde o momento em que o óvulo é fecundado uma nova consciência chamada de bébé já está presente e é  nesta realidade que homem e mulher vivem um turbilhão de dúvidas.

O abortamento é por vezes causa de ruptura entre casais. E por parte do bébé é assumido como falta de amor por parte da sua mãe, que se vê acabar com uma vida sem ele compreender a razão.

A mãe concluiu que a situação não é de todo aquilo que ela tinha traçado para um futuro perfeito e feliz.

É graças a isso que desenvolve instabilidade emocional aguda acompanhada de sentimentos, emoções e pensamento negativos (conscientes ou inconscientes) relacionados com o bébé e a gravidez.

Questões frequentes como: “Serei capaz de viver este processo sozinha?”, “…de cuidar do bébé?”, “Terei algum apoio?”, “Serei boa mãe?” ou ainda “Conseguirei criar outro filho perante a crise social do momento?” surgem na mente da mulher quase até ao final da gravidez.

Uma exagerada preocupação com a visão social do problema também as inquieta. Curioso é porque em ambas as situações a mulher não se preocupa simplesmente em ser feliz!

A vida depende totalmente das nossas decisões, ações e atitudes não daquilo que os outros decidem por nós.

Por isso a nossa vida deve ser decidida perante aquilo que nós pensamos e essencialmente daquilo que nós sentimos no coração!

Em muitos casos o homem rejeita e culpa a mulher por ela ter decidido guardar  o bébé. Esse comportamento faz a mulher sentir-se usada, só e vazia.

Agudizam-se medos e inseguranças, sente-se de tal forma desorientada que não consegue manter a calma e priorizar o importante.

Neste momento a mulher não pensa no bébé senão em ela mesma. Se é capaz de dar o necessário ao bébé, mas esquece-se que é o seu medo que a impede de ver o mais importante.

Ter um filho não significa forçosamente oferecer-lhe um colégio privado, uma propriedade própria e luxos.

Não significa construir-lhe um futuro, mas proporcionar-lhes as ferramentas essenciais à construção de um futuro próprio.

Para isso somente é necessário disponibilizar e garantir-lhes todo o amor possível. O amor fará com que se sinta emocionalmente preparado e estável para traçar o seu caminho quando o momento assim se proporcionar.

Normalmente ocorre o contrário, os pais afundam-se em sentimentos e emoções negativas que não lhes permite de disfrutar em plenitude o momento.

É este cocktail de emoções prejudicial para o bébé?

Retomando o ponto inicial que descreve a consciência do bébé no ventre materno no momento da fecundação do óvulo salienta-se desde já a sua capacidade para sentir e ser um grande espectador de tudo o que sucede ao seu redor inclusive como a notícia da sua chegada afeta os futuros pais.

A sua maior surpresa é que a sua mãe está em choque porque não planeava a sua vinda e o seu pai confuso.

Este comportamento parental afeta negativamente o bébé uma vez que ele vê que os pais que selecionou desde o Universo com todo o amor o estão a rejeitar.

Automaticamente todos os sentimentos negativos vivenciados pelos pais chegam ao bébé e ficam registados no seu subconsciente e na sua alma.

E mesmo que esses sentimentos não sejam diretamente relacionados com ele mas sim com a situação em si o bébé assume-os como seus.

Desde o primeiro instante o bébé sente medo de nascer, pois os seus pais também não estão seguros e pensam mesmo na possibilidade de abortar.

Perante a situação o bébé não se sente amado nem desejado e questiona-se: “Esperam os meus pais algo tão mau que lhes que os leve a indesejar o meu nascimento?”, “Porque não me amam?” e “Porque estão assustados?”.

Como é afetado o bébé perante este panorama?

Quando a mulher ou o casal decidem prosseguir com a gravidez e assumir realmente as suas responsabilidades, o bébé já teve a oportunidade de sentir tudo o que os seus futuros pais vivenciaram em relação a ele.

O bébé alimentou-se desta informação através do cordão umbilical e do vínculo pais-filho.

Esse choque foi assumido como seu assim como todas as emoções, pensamentos, sentimentos e energias negativas envolventes desde a sua chegada ao útero materno.

Esta carga emocional constitui a base do seu crescimento e desenvolvimento físico e psico-emocional, energético e espiritual intrauterino.

Os fluxos energéticos negativos herdados dos progenitores geram medo, sentimento de rejeição, insegurança e tristeza.

Geralmente défices energéticos originam más formações físicas como: um pulmão maior que outro, sopro cardíaco, défice renal e mesmo diabetes.

E agora perguntai-vos como isso é possível. A resposta é muito simples.

Entre todos os sentimentos vivenciados pelo bébé desde a sua concepção até ao momento do nascimento alguns têm mais significado que outros, sendo que os mais marcantes se alojam no órgão pelo qual se representam.

Por exemplo, se mãe se sentiu triste e angustiada, o bébé vai assumir esses sentimentos refletindo-os no funcionamento dos seus pulmões.

O mesmo acontece com os restantes sentimentos.

Ainda que os seus pais, sobretudo a mãe ao longo da gravidez mudem de atitude e vivenciem sentimentos e emoções positivas, o padrão emocional inicial nunca se vai apagar e é este que prevalece e servirá de padrão central para a construção da sua personalidade, realidade e para o seu próprio mundo.

De que forma o bébé é afetado depois de nascer?

O bébé chega ao Mundo e encontra-se com a sua mãe, uma mãe que inicialmente o rejeitou.

Automaticamente são ativadas na sua memória e subconsciente sentimentos que em 90% dos casos o bébé sente insegurança e desconfiança.

O sentimento de desproteção que sentiu no primeiro momento quando chegou ao ventre da mãe reaparece.

Choram desconsoladamente quando um dos seus progenitores pega neles e somente se acalmam quando outro alguém os reconforta, lhes dá segurança e um ambiente de amor.

Tudo o que o bébé sente é o resultado da sua fecundação que fica registado no seu ADN, memória celular, no seu consciente, inconsciente e subconsciente.

Outra forma de pronunciar os seus sentimentos ocorre no momento da amamentação, pois não se sente cómodo em receber alimento de uma pessoa que em algum momento pensou em rejeitá-lo.

A amamentação é um momento pleno de afeto, amor incondicional que cria um vínculo insubstituível entre o bébé e a mãe de segurança e tranquilidade.

Se o bébé não se sente confiante e seguro simplesmente rejeita a mama preferindo o biberão evitando assim toda a carga emocional.

Mais tarde já na fase da primeira infância e adolescência a sua carga genética vai continuar a influenciar em grande escala a relação pais-filho.

Verifica-se em muitos casos o filho a rejeitar um dos progenitores, sentindo dificuldade em manifestar sentimentos, comunicando de forma inadequada (recorrendo à utilização de palavras “frias”).

Se este tipo de comunicação e comportamento não forem melhorados essa criança vai continuar a perpetuar padrões emocionais e psicoafectivos que se vão enraizando ao longo da sua vida.

Muitos adultos buscam a felicidade em suas vidas apesar de tudo mas na verdade é que sem o acesso terapêutico a esses sentimentos a evolução emocional não ocorre como pretendiam.

Vivenciam raiva, ansiedade, tristeza e mesmo depressão. Porque tão simplesmente não conseguem sozinhos aceder à porta que os conduz à raiz do problema, o momento da sua concepção.

Devemos por isso ter em conta que somos nós pais que criamos as condições vivenciais dos nossos filhos.

Que não somos somente responsáveis pela herança genética que predispõe os seus rasgos físicos, mas também os psico-emocionais.

Os bébés alimentam-se dos nossos sentimentos sejam eles bons ou maus, de cada impulso do nosso coração e de cada sensação relativa a ele ou à gravidez.

Se o bébé nasce extrovertido ou introvertido, alegre ou triste, saudável ou não, somos nós pais quem assim o proporcionamos.

Assim que não podemos culpar o destino, a Deus ou ao nosso próprio filho, mas sim a nós próprios assumindo a responsabilidade deste processo e do seu resultado.

Ninguém castiga ninguém, as crianças são o resultado do que os seus pais desejaram, ou melhor dizendo, as crianças ou a sua relação com elas são o resultado dos fatores que nós proporcionamos.

Um bébé é um verdadeiro presente do Universo, um presente do nosso próprio filho que nos escolheu para seus pais, mérito de todo o nosso incondicional amor.

Demais artigos de Yolanda Castillo em: – Sala de Imprensa – Centro de Medicina Holística

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