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Educação Sexual – Entrevista Dra. Mary Neide Damico Figueiró

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Hoje o Bigmãe traz para vocês uma entrevista com a Dra. Mary Neide Damico Figueiró, especialista em Educação Sexual e autora de diversos livros sobre o tema, que esclarecerá muitas dúvidas que nossas leitoras nos tem colocado diariamente. Tenho certeza de que esta entrevista será extremamente útil para você mãe que deseja estabelecer um diálogo aberto sobre educação sexual, com o seu filho ou com sua filha.

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Sobre a Dra. Mary Neide Damico Figueiró:

Psicóloga, Doutora em Educação e Professora Sênior da UEL – Universidade Estadual de Londrina (PR /Brasil). Idade: 57 anos, mãe de três filhas e um filho, de idade variando de 24 a 33 anos.

www.maryneidefigueiro.com.br

e-mail: contato@maryneidefigueiro.com.br

Autora de três livros:

* Educação Sexual no dia a dia. Londrina: EDUEL, 2013. [Indicado para pais e educadores)

* Educação Sexual: retomando uma proposta, um desafio. 3.ed. Londrina: EDUEL, 2011.

* Formação de educadores sexuais: adiar não é mais possível. EDUEL, 2006.

Educação Sexual -  Dra. Mary Neide Damico Figueiró
Dra. Mary Neide Damico Figueiró

Bigmãe:  Dra. Mary Neide, a educação sexual ainda é um tema que aflige muitos pais e mães, como você sugere que se inicie a abordagem deste tema ainda quando a criança é pequenina?

Dra. Mary Neide: É importante que se iniciei a partir de quando a criança completa 1 ano, aproximadamente, ensinando sobre o corpo, ensinando-a a nomear o órgão genital com um apelido que a família está acostumada, para mais adiante (por volta dos 2 ou 3 aninhos) já explicar que este órgão tem um outro nome importante, muito usado: pênis/vulva. É fundamental referir-se ao órgão genital com naturalidade (da mesma forma que se denomina outras partes do corpo), evitar falar fazendo cara de estranhamento ou vergonha, ajudar a criança a entender que o corpo do menino/homem e da menina/mulher são diferentes e ajudá-la a formar a ideia de que o corpo todo é muito bonito, incluindo o órgão genital. Do mais, é importante que se diga sempre a verdade, com naturalidade, ajudando a criança a construir uma visão bonita e positiva do corpo e do sexo. Lembrar que a criança merece respeito e, por isso, não se deve enganá-la, mas falar sempre a verdade. Quando não se sabe responder, é melhor ser franco e dizer que não sabe, mas que vai procurar saber, para explicar noutro dia. A criança precisa aprender a confiar que a mãe e/ou o pai sempre lhe dizem a verdade e que estão sempre dispostos a responder, a conversar sobre o assunto.

Bigmãe:  Como responder a pergunta clássica: Mãe como eu nasci?

Dra. Mary Neide: Quando a criança é pequena, e tem por volta de 3 ou 4 anos, por exemplo, basta dizer que nasceu da barriga da mamãe. Dizer que começou pequenininha como uma sementinha e foi crescendo, crescendo, até ficar do tamanho de um bebê pequenininho. A princípio, basta isso. Facilita mostrar fotos da mãe grávida e mostrar e comentar sobre mulheres grávidas que a criança encontra ou com as quais convive. Ver a mulher barriguda ajuda muito no entendimento. Na medida em que ela vai alcançando 5 ou 6 anos, as explicações precisam ir progredindo. Veja na resposta abaixo.

Bigmãe:  A partir de que idade a mãe ou o pai pode começar a falar sobre sexo com os filhos e como falar?

Dra. Mary Neide: Desde que a criança é pequenina, conforme já expliquei, quando começamos a ensinar o nome do órgão genital da menina e do menino, quando a ajudamos a ver que há diferença natural entre o corpo do menino e da menina, já estamos conversando sobre sexo. Quando ajudamos a criança a observar uma mulher grávida e a entender que ali dentro tem um bebê que vai nascer, já estamos conversando sobre sexo. Quando mostramos para ela que o cachorrinho, ou a gatinha estão prenhas, quando lhes mostramos os filhotes nascidos, já estamos conversando sobre sexo. Assim, quando ajudamos a criança a desvendar o mistério de onde viemos, de forma clara, verdadeira, sem enganar nem mentir, já estamos conversando sobre sexo. Essa conversa será mais específica e focada, quando for momento de ela saber como é que o bebê vai parar dentro da barriga da mãe e como sai. Geralmente, a pergunta: “como sai da barriga” costuma vir primeiro. Esta resposta é fácil, porém há adultos que ludibriam a criança abordando apenas a cesariana. É preciso falar do parto normal, com naturalidade, dizendo que a vagina se dilata para que o bebê saia. Se a criança demonstrar que se assustou com a ideia, ou que ficou com nojo, respeite, de um tempo para ela; deixe-la manifestar esses sentimentos; isso vai passar. Se ela vir você explicar com naturalidade vai aquietar-se.

Quando ela quer saber como o bebê foi para dentro da barriga da mãe, é hora de explicar a relação sexual. Em meu livro Educação Sexual no dia a dia, eu explico bem detalhadamente como isso pode ser feito. Vou dar uma ideia geral: por volta de 4 a 5 anos, basta dizer que o homem e a mulher ficam se abraçando e se beijando bem juntinhos, porque se gostam e fazem isto sem roupa; aí uma sementinha, chamada espermatozoide, sai de dentro do homem — bom apontar o baixo ventre do homem, para a criança ter noção de qual a região do corpo se está falando –e vai encontrar-se com outra sementinha da mulher, chamada óvulo, que está dentro da mulher. Também se aponta para o baixo ventre da mulher. Se o adulto se sente à vontade, pode ser mais específico e dizer que o espermatozoide sai do pênis e entra pela vagina da mulher, indo encontrar-se com o óvulo, na barriga….. Com a criança maior, 6 anos ou mais, se pode falar da relação sexual propriamente dita: dizendo-se que o pênis penetra o interior da vagina da mulher…

As dúvidas podem ir surgindo normalmente, em sequência. Se a criança sente que a mãe, ou pai respondem com tranquilidade, ela vai fazendo perguntas, a seu tempo. No começo é entender o que é uma barriga de grávida, o que tem dentro, como sai e depois como foi parar lá. Contudo, se a criança já atingiu 5 ou 6 anos e não perguntou, os pais (e a professora na escola) têm a obrigação de abordar o assunto e ensinar, motivando a criança para querer compreender. Como fazemos com tudo o mais que achamos importante ela aprender na vida: nós levamos até ela o conhecimento; nós instigamos a sua vontade de saber!!

Bigmãe:  Como as mães devem lidar com as situações em que a criança ainda pequenina começa a descobrir o seu próprio corpo e gosta de se tocar?

Dra. Mary Neide: É uma descoberta importante para a criança quando, ao tocar seu órgão genital, percebe que é gostoso. E tudo que fazemos e gera bom resultado tendemos a repetir. A mãe precisa respeitar esta descoberta e não censurar, pois a censura é ruim para a criança, que logo conclui que tem algo errado ou feio como tocar suas partes íntimas, quando na verdade, não tem nada de errado, e até mesmo os adultos e idosos o fazem. A mãe pode fingir que não viu nada e deixar a criança livre para se tocar à vontade. Se a criança começa a fazer na frente de outras pessoas, a mãe, com bastante tato, pode explicar para a criança, que não deve fazer isto na frente dos outros, que é gostoso fazer e que mesmo gente grande faz isso, mas que cada pessoa procura fazer quando está sozinha em seu quarto ou no banheiro. Pode comparar, por exemplo, com comportamentos como “soltar pum”, que não fazemos na frente dos outros. Ao falar com a criança, é bom cuidar do comportamento nãoverbal, seu tom de voz, o olhar, a feição, porque, às vezes, falamos com tranquilidade, mas, por meio do comportamento nãoverbal, transmitimos a nossa reprovação ao ato

Bigmãe: Qual a sua opinião sobre filhas que tomam banho com os pais, ou filhos que tomam banhos com a mãe?

Dra. Mary Neide: Tomar banho junto com os filhos só deve acontecer se o adulto se sente à vontade na frente da criança. Se passar constrangimento, se mostrar que tem vergonha de ficar nu, então, contribui negativamente e dificulta que a criança encare o corpo nu com naturalidade e sem malícia. Os adultos não devem se sentir obrigados a tomar banho com a criança. Os que se sentem à vontade para fazê-lo ajudam a criança a ir descobrindo a diferença entre o corpo do homem e da mulher e entre o corpo da criança e do adulto. Mas, se não for possível, há outros meios de a criança aprender isto, como por exemplo, tomando banho com outras crianças de tamanho aproximado e de sexo diferente, assim como do mesmo sexo ou vendo livros de educação sexual que mostram o corpo nu de adultos e de crianças.

Bigmãe: Como a mãe deve agir em relação às brincadeiras infantis entre meninos e meninas como: brincar de médico, papai e mamãe?

Dra. Mary Neide: São brincadeiras saudáveis e por isso, denominadas de jogos sexuais infantis. Não se deve dar bronca, nem tampouco proibir. Faz parte das descobertas do corpo e da sexualidade. Não traz nenhum implicação negativa para o desenvolvimento da criança, mesmo se forem brincadeiras entre dois meninos ou entre duas meninas. Apenas é preciso cuidar para que as crianças envolvidas na brincadeira não tenham diferenças significativas de idade, como por exemplo, não tenham mais que 5 anos de diferença entre elas. Cuidar, também, para que não sejam crianças cujo tamanho físico e força sejam bem discrepantes. Às vezes, uma criança é apenas dois anos mais velha que a outra, mais fisicamente é muito mais crescida e, portanto, pode ter muita força física maior a ponto de poder impor algo que a outra não queira fazer. Eu sempre oriento de que os adultos têm obrigação de viajar as crianças, sempre, sobretudo para evitar que sejam abusadas sexualmente por crianças maiores ou adolescentes e mesmo adultos. E é preciso ficar atento pois muitas vezes, os abusadores são pessoas conhecidas e próximas da criança. Podem ser pai ou padrasto, tios, primos, primas, vizinhas… E por falar em abuso sexual, desde quando a criança tem por volta de 3 anos, pai e mãe devem conversar, abertamente, sobre que o corpo dela é muito especial e que ela não deve deixar gente grande tocar em seu corpo, sobretudo em suas partes íntimas, que isto é muito errado… e que, se algo acontecer, deve contar para o pai e/ou a mãe. Quando a criança já compreende devidamente o que é uma relação sexual, que é quando lhe explicamos, sem rodeios, de onde vêm os bebês, deve-se dizer que tem adulto que procura a criança para fazer sexo e que isto não pode acontecer, que é errado.

Bigmãe:  Porque muitas mães, mesmo de classes sociais, as quais julgamos que tenham uma maior qualidade de vida e melhor entendimento de uma série de fatores, ainda hoje em pleno século XXI não falam com a filha sobre a primeira menstruação?

Dra. Mary Neide: Infelizmente, muitas mulheres adultas não tiveram essa explicação de suas mães e acabaram criando, sem perceber, um bloqueio para falar sobre o assunto. E não só isso: o fato de não se conversar sobre qualquer assunto simples ligado ao sexo, como por exemplo, de onde vêm os bebês, faz com que tudo ligado direta ou indiretamente ao assunto sexo seja marcado por um bloqueio para se conversar. É um processo que acontece sutilmente, pois os pais ensinam pelo olhar, pelos gestos e até pelo próprio silêncio. Ou seja, o próprio fato de não se falar sobre estas questões acaba passando a mensagem de que este assunto e tudo que diz respeito a ele é tabu, é feio, não se deve conversar. Portanto, resumidamente falando, o não falar com a filha sobre menstruação é resultado de um processo sutil e continuado de repressão sócio-cultural.

Bigmãe:  Na sua opinião, porque algumas mães sentem dificuldade e algumas até se recusam a conversar com os filhos (em especial com a filha) adolescentes sobre sexo?

Dra. Mary Neide: A dificuldade de algumas mães em conversar com os filhos de ambos os sexos está relacionada ao fato de que nossa cultura é repressora, embora seja muito liberal no sentido de instigar a prática sexual, mas não o diálogo. Todos crescemos aprendendo que este é um assunto do qual não fala abertamente, não se conversa, sobretudo com franqueza e naturalidade. Costuma-se falar de modo depreciativo ou por meio de piadas. Além disto, sexo, em nossa cultura, ainda se encontra permeado de tabus e de mitos que o tornam um assunto feio e vergonhoso de se falar. Como a maioria dos jovens e adultos, mesmo nos dias de hoje, foram criados por pais que não conversavam abertamente sobre o tema, isto, somado aos fatores já descritos, fez com que todos nós crescêssemos com dificuldade de conversar a respeito. E por que conversar com a filha pode ser mais especialmente difícil para a mãe? Porque essa, ao conversar com a filha, pode reviver as lembranças de sua fase de adolescente, as dúvidas e angústias que viveu. O mesmo pode acontecer com o pai e seu filho. Para superar isto, é só dispondo-se a dar os primeiros passos e a ter um diálogo franco, podendo até falar, para a filha, ou filho, de algumas de suas próprias dificuldades quando adolescente. Por que não? Ou ainda: pode falar sobre que não é fácil para ela (mãe) conversar sobre este assunto, porque seus pais não conversavam.

Bigmãe:  Sabendo que hoje em dia os jovens, tanto o menino quanto a menina, iniciam a vida sexual bem mais cedo do que nas décadas passadas, como os pais devem agir no sentido de orienta-los para evitar uma gravidez indesejada ou uma doença sexualmente transmissível?

Dra. Mary Neide: Começo falando do que não poderiam fazer, que seria, simplesmente fazer recomendações, do tipo: cuidado, use camisinha…. Muito menos apavorar, colocando medos e dizendo faça isso, não faça isso, como dizer, por exemplo: “é errado transar antes de casar”. Esta recomendação apenas incute sentimento de culpa quando a filha, ou filho decidirem transar com a /o namorada/o antes de casarem. É preciso conversar, ouvir a opinião do filho ou filha, ver o que eles pensam sobre o assunto. Tanto com meninos, quanto meninas, é bom que os pais possam conversar, abertamente, por volta dos 13 e 14 anos e já ir esclarecendo que cada um é responsável por si e por seus atos. Que cada um deve pensar quando é que irá começar a ter vida sexual ativa, com quem vai fazer sexo. Que não se faça nada obrigada, porque outros mandam ou porque está na moda. Mas que, quando decidirem que é o momento, que saibam prevenir-se adequadamente, para não incorrer numa gravidez não planejada. Isto tanto para meninas, quanto para meninos. Os garotos também precisam aprender que é responsabilidade deles, também, a prevenção da gravidez e de DSTs, e não só das meninas. É bom que as mães levem a filha, ou filho, por volta dos 13 anos, à/ao ginecologista ou à/ao médica/o de adolescentes (hebiatra), no caso dos meninos, para exames da saúde sexual e, se esses forem profissionais cônscios e preparados, poderão ser grandes parceiros da família.

Bigmãe:  Se uma mãe nunca falou com sua filha sobre sexo, como começar a falar sobre o tema com a filha (ou o filho) já adolescente?

Dra. Mary Neide: Uma alternativa é começar a dizer que sabe que é importante que a mãe (ou pai) converse sobre o corpo e sobre sexo com as filhas e filhos, mas que ainda não fez e que errou deixando passar muito tempo sem esta conversa. Em seguida, pode dizer porque não o fez, até o momento. Foi porque não sabia como fazer? Ou foi porque achava que deveria ficar esperando por perguntas e as perguntas não vieram? Considero importante que a mãe se desculpe, pois na verdade, era o seu dever (e/ou do pai) fazer. Dizer que gostaria de colocar-se à disposição para conversar, para esclarecer dúvidas. … perguntar se na escola ela/ele tem aulas que explicam sobre este assunto….. se tem dúvidas sobre o assunto…. Enfim, ir tentando dialogar, jogando algumas perguntas, mas com tranquilidade, procurando não falar muito e dar espaço para ouvir a filha (ou filho).

Bigmãe:  O que dizer para as mães que dizem eu sou mãe e não amiga da minha filha, meu papel é educar e não ser confidente?

Dra. Mary Neide: Ser uma mãe confidente, ou não, é algo que pode variar muito, de uma família pra outra. Eu acho que é preciso ser espontâneo, nem forçar a barra para que a filha a trate como uma confidente, e nem fugir de ser uma mãe confidente, se a filha manifestar proximidade e abertura para com a mãe. O que é preciso é que a mãe respeite o direito à privacidade da filha, (ou filho), que tem o direito de confidenciar com uma amiga, se assim o preferir e, isso em nada desmerece a relação que tem com a mãe.

Bigmãe:  Como uma menina pode perguntar coisas para a mãe sobre sexo, sem que a menina se sinta constrangida e a mãe se sinta receptiva?

Dra. Mary Neide: Não tem segredo na forma de perguntar. Infelizmente, o sentir-se constrangida, ou não, tanto da parte da filha, quanto da mãe é resultado de a conversa ter começado o mais cedo possível, sem mentiras, sem engodo e sem constrangimentos. Se o sentir-se á vontade para conversar não começou assim, é preciso começar uma hora para ir vencendo as barreiras, as dificuldades.

Bigmãe:  Porque algumas meninas não sentem confiança em perguntar para a mãe sobre como será ou quais os sintomas da primeira menstruação?

Dra. Mary Neide: Certamente, nestes casos, são meninas cujas mães não conversaram sobre o tema quando elas eram pequenas. Aí, fica difícil começar a perguntar de uma hora para a outra. Muitas vezes, nem é por falta de confiança, mas sim por vergonha de perguntar, pois quando a mãe silencia, nunca conversando sobre o corpo, o sexo, mostra que é um assunto do qual tem vergonha. Muitas vezes é mais fácil para as meninas perguntar para a professora, pois é alguém de fora do seu mundo íntimo e que lhe passa confiança, no sentido de que não vai ser julgada.

Bigmãe:  Na sua opinião quais as diferenças entre a educação que nos foi dada pelos nossos pais e a educação que é dada nos dias de hoje?

Dra. Mary Neide: Nós vemos, hoje em dia, algumas mães e alguns pais, respondendo a perguntas dos filhos, comprando livros sobre educação sexual para eles, mas ainda é uma minoria significativa. Então, por isso, podemos dizer que a educação nos dias de hoje continua sendo igual à educação dada por nossos pais e que era pautada no silêncio, nos olhares reprovadores, no distanciamento. O que vemos de melhora significativa é que os pais de hoje conseguem expressar muito mais o amor pelos filhos, por meio de palavras e, sobretudo, por beijos e abraços e isto é fundamental para uma educação sexual positiva, pois não apenas sacia o desejo dos filhos de serem amados e acarinhados, mas é também um ensinamento para uma vida de relacionamentos onde se pratique a expressão de afetos, de carinhos, e bem querer. Isto também é Educação Sexual.

Bigmãe:  Dra. Mary Neide, para finalizar a nossa entrevista, você gostaria de deixar alguma palavras às mães leitoras do Bigmãe?

Dra. Mary Neide: Nos dias de hoje, pais e mães têm muitas oportunidades de aprender a como conversar sobre sexo com seus filhos, desde pequenos. Têm por exemplo, Blogs, como o Bigmãe, livros (deixa eu vender meu peixe… risos) como o meu: “Educação Sexual no dia a dia” (Editora da Universidade Estadual de Londrina, PR/Brasil, 2013), matérias de boas revistas, programas de TV etc. Se os pais se omitirem, as implicações para a vida de seus filhos aparecerão. Se querem que eles sejam educados sexualmente para serem felizes, comecem por dar um bom exemplo de pessoas que amam a vida, que tratam o outro com respeito e gentileza e que se dedicam com alegria a bons relacionamentos, tanto amorosos, quanto de amizades. Não se omitam: estudem, aprendam.

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